quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Comunidades emigrantes são essenciais para a afirmação dos Açores no exterior





Os Açores “não podem dispensar os seus emigrantes, nem o contributo que estes têm dado para a afirmação da Região junto das comunidades que os acolheram”, defendeu, esta segunda-feira, o Secretário Regional da Economia.

Vasco Cordeiro, que discursava durante o jantar de encerramento das Grandes Festas do Espírito Santo da Nova Inglaterra, que decorreram durante o último fim de semana na cidade norte americana de Fall River, considerou, por isso, que em nome dessa afirmação um dos desafios actuais com que as diversas entidades de ambos os lados do Atlântico se confrontam é o de conseguir “uma maior aproximação entre os Açores e as suas comunidades emigrantes”.

Uma aproximação “que deve ser concretizada não só em nome do interesse das nossas comunidades, mas também pelo interesse da nossa Região”, acrescentou.

“Hoje os Açores são uma região diferente daquela que deixaram” disse Vasco Cordeiro às cerca de 300 pessoas que participavam no jantar, salientando que apesar dessas diferenças e de “todo o trajecto de desenvolvimento e de progresso que foi feito nos últimos anos os Açores não podem dispensar os seus emigrantes”.

De facto, acrescentou o governante açoriano, “muito provavelmente essa aproximação pode ser feita de diversas maneiras, desde a participação política, e temos cada vez mais exemplos de que essa participação tem vindo a crescer, com cada vez mais açorianos ou descendentes de açorianos a concorrerem a funções politicas de destaque, até a uma ampla participação social e cultural”. “Todos estes aspectos”, salientou ainda, ”são essenciais e passam por uma efectiva integração nas suas comunidades de acolhimento”.

Para o Secretário Regional da Economia, “não é por ser um óptimo cidadão americano que um cidadão açoriano ou um descendente de açorianos deixa de ter amor à sua terra”. Na verdade, acrescentou, “é exactamente o contrário: quanto mais se integrarem nas comunidades de acolhimento, melhor serviço os nossos emigrantes estão a prestar à sua terra, melhores serviços estão a dar para afirmar o nome dos Açores”.

Vasco Cordeiro confessou ainda ter ficado “muito sensibilizado”, ao entrar na sala onde decorreu o jantar de encerramento das Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra, “pelo facto de uma das insígnias destas festividades, a bandeira do Espírito Santo, ser a bandeira que o ano passado foi oferecida pelo Governo dos Açores”.
“Vejo neste acto o reconhecimento de uma amizade sincera”, disse.

O governante recordou também o reconhecimento dado pelo parlamento regional “à importância das Grandes Festas quando, ainda este ano, decidiu atribuir uma condecoração – a Insígnia Autonómica de Mérito – à Comissão das Festas”

“O que nos reúne aqui é o ser açoriano, de nascimento ou de coração, e essa é a melhor homenagem a todos quantos aqui, na Nova Inglaterra, decidiram celebrar Açores desde há 25 anos a esta parte”.

Vasco Cordeiro salientou ainda o facto de “anos e anos depois de sair da sua terra, a comunidade açoriana continuar todos os anos a fazer finca pé em celebrar o Espírito Santo, em celebrar as suas raízes e a sua cultura”.

Para quem duvida “da determinação das nossas gentes. essa dúvida fica esclarecida quando nos lembramos que o motivo pelo qual estas festas se realizam é talvez o que de mais genuíno, do ponto de vista da e manifestação de fé, têm os Açores e que é o culto ao Divino Espírito Santo, que atravessa os séculos, as ilhas, os continentes e resiste até a ventos, à chuva e a tempestades como vimos este fim de semana”, disse o Secretário Regional da Economia numa alusão à tempestade tropical Irene que este ano condicionou a realização das festividades.



GaCS/NM

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