sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Governo acompanha situação após arrojamento de cetáceo na Bretanha





Na sequência do arrojamento de um cachalote no Porto da Ajuda da Bretanha, em São Miguel, no dia 14 de Agosto, o Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, tem vindo a acompanhar a situação.

O animal, com um peso entre 200 e 300 quilos, mede dois metros e meio de comprimento total. As medidas apontadas indiciam estarmos na presença de um animal nascido prematuramente, já que as crias de cachalote nascem com cerca de uma tonelada de peso. O período completo de gestação de um cachalote é de 13 meses, e este animal terá nascido com cerca de 9 meses. Assim sendo, presume-se que o nascimento prematuro seja a causa mais provável para o óbito do pequeno cetáceo.

Colaboradores da Rede de Arrojamentos de Cetáceos dos Açores (RACA) do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores procederam de imediato à recolha de amostras biológicas. Estas amostras poderão auxiliar a confirmar a causa de morte, bem como retirar outras informações úteis para alargar o conhecimento sobre os cetáceos dos Açores e ainda outros aspectos relativos ao estado do ambiente marinho dos Açores.

“Apesar de se lamentar a morte deste pequeno cachalote, estamos em crer que se trata de um caso isolado. No entanto, no caso de se repetirem este tipo de eventos, teremos material recolhido para despistar qualquer anomalia de maior dimensão,” considera o Director Regional dos Assuntos do Mar, Frederico Cardigos.

Tendo assegurado a maximização dos benefícios para a ciência, o centro coordenador da RACA tomou a decisão possível quanto ao destino final do animal, tendo em conta as circunstâncias encontradas, bem como o difícil acesso ao local. Na impossibilidade de remover o animal do local de arrojamento, foi decidido cobrir o mesmo com cal e, posteriormente, com inertes, tratando assim a própria natureza da degradação da carcaça. Importa referir que, uma vez que a área, nesta época do ano, é utilizada pela população local como zona balnear, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar procedeu à colocação de uma placa de “Zona interdita” em volta do cachalote, de forma a garantir a saúde pública e a qual se prevê retirar no prazo de uma semana.

Os trabalhos em causa resultaram de um esforço conjunto de múltiplas entidades, entre as quais a Junta de Freguesia da Ajuda da Bretanha, GNR-SEPNA, Autoridade Marítima e o centro operacional da RACA na ilha de São Miguel, através dos Vigilantes da Natureza do Parque Natural de Ilha.



GaCS/SRAM/SF

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