sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Água para consumo na Praia da Vitória tem boa qualidade



A água para consumo na Praia da Vitória é de boa qualidade, não existindo qualquer contaminação, revela um estudo apresentado esta tarde na sede do concelho.

O trabalho, elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, encomendado pelo Governo Regional, serviu para confirmar a qualidade da água de abastecimento público e detectar eventuais focos de contaminação por metais pesados ou derivados de combustíveis que abastecem a base das Lajes.

As pesquisas realizadas numa vasta área do concelho, na bacia conhecida por Ramo Grande, permitiram analisar em profundidade milhares de amostras e a conclusão é que todos os pontos de captação e aquíferos para abastecimento estão dentro dos padrões de qualidade. Foram detectados dois focos de poluição, mas em áreas e profundidades que não têm contacto com as reservas utilizadas para consumo.

Falando na conferência de Imprensa em que o trabalho foi apresentado publicamente, o Secretário Regional do Ambiente e do Mar manifestou satisfação por não se confirmarem suspeitas “alarmistas” de que haveria contaminação das águas de consumo humano no concelho e lembrou que estas análises foram feitas “com um grau de precisão muito superior” ao normal.

Álamo Meneses disse também que ficam igualmente afastadas quaisquer suspeitas “sobre contaminação de solos e forragens, sobre as questões que dizem respeito à produção alimentar no concelho”.

Por outro lado, disse o governante, o estudo proporcionou “o conhecimento da situação hidrogeológica da bacia” analisada, que permite “fazer uma avaliação da disponibilidade de água” e aproveitar mesmo os furos realizados para o trabalho hoje apresentado, para novas captações, ao mesmo tempo que se ficou “com o conhecimento das ameaças que possam existir no futuro”.

Por seu turno, o Secretário Regional da Presidência, também presente no encontro com os jornalistas, disse que o Governo Regional já fez chegar as conclusões do estudo a todas as entidades interessadas, incluindo às autoridades norte-americanas na base das Lajes, para “estarmos todos em sintonia com o que se passa”.

Na sequência “dessas diligências”, anunciou André Bradford, “temos já a garantia e a disponibilidade das autoridades americanas para actuar e disponibilizar os meios financeiros necessários para a resolução dos dois problemas principais encontrados pelo estudo em termos de poluição”.

Essa actuação vai ser feita “em articulação institucional e científica” com o Governo dos Açores, adiantou o governante, manifestando também a sua satisfação pelo imediato reconhecimento do princípio do poluidor/pagador pelas autoridades norte-americanas.

André Bradford disse ainda que subsiste uma intervenção a fazer, que é a retirada de uma conduta subterrânea de combustíveis desactivada, processo que vai também ser abordado com os norte-americanos.





GaCS/FA

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