quinta-feira, 31 de maio de 2012

Carlos César defende que se cerrem fileiras contra o desmantelamento dos serviços do Estado na região


O Presidente do Governo dos Açores criticou esta manhã o encerramento, decidido pelo Governo da República, da repartição de Finanças da vila da Calheta, ilha de S. Jorge.

“Eu tenho dito várias vezes que, infelizmente, o Governo da República prossegue num sentido de desmantelamento das funções de soberania e da sua representação na região”, afirmou.

Para Carlos César, “nós já vimos isso no caso da RTP, temos visto também no caso dos tribunais da Povoação e de Vila franca do Campo, agora é no caso da repartição de Finanças, vimos no caso do cabo de fibra ótica, em que teve de ser o Governo Regional a assumir essas responsabilidades, estamos a ver no caso da Universidade dos Açores – são casos e casos que infelizmente se podem prolongar e até acentuar.”

Perante essas situações, “a ação do Governo Regional tem sido, evidentemente, a de procurar chamar á razão do Governo da República”, acrescentou o Presidente do Governo, que criticou o facto de o Governo da República, na tentativa de estabelecer uma política de reorganização financeira, iniciar a poupança sempre no sentido de diminuir as funções do Estado nos Açores.

“O que é importante é que estejamos todos unidos para evitar que essa política seja levada a consequências muito mais graves e nisso têm também m papel muito importante os partidos que apoiam o Governo da República”, disse.

Na sua opinião, os partidos que apoiam o atual Governo da República “não podem fingir aqui que não têm nada a ver com isso”, pois, estando o PSD e o PP nesse governo, “não podem fingir que não têm qualquer responsabilidade sobre essa matéria, nem podem apenas criticar docemente, ou, até, por absurdo, que o Governo Regional é que tem culpa que o Governo da república feche um serviço seu.”

Para Carlos César, isso não passa pela cabeça de ninguém. “O que passa, e deve passar pela cabeça de todos, é nós cerrarmos fileiras e fazermos tudo o que pudermos para evitar esse desmantelamento dos serviços do Estado que o Governo da República do PSD e do PP está, por sistema, a promover”, frisou.

Recusando que o Governo dos Açores não se tenha pronunciado sobre esses casos – e lembrando mesmo que, ainda ontem, os comentou – revelou que o executivo regional tem, por sistema, transmitido ao Governo da República, por escrito e oralmente, a inconveniência das políticas de abandono que têm sido praticadas.

“Eles dizem que não têm dinheiro, mas começam sempre pelas regiões autónomas. Não é só no caso dos Açores – também estão a fazer isso no caso da Madeira e um pouco por todo o país. A verdade é essa”, concluiu Carlos César.


Anexos:
2012.05.31-PGR-CriticaEncerramentoFinançasCalhetaS.Jorge.mp3


GaCS

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