segunda-feira, 28 de maio de 2012

Espetáculo AÇORUTOPIA celebra Autonomia na véspera do Dia dos Açores


Com o Pavilhão Gimnodesportivo da Povoação repleto, assistiu-se ontem à noite a uma inédita celebração artística do processo autonómico dos Açores com o espetáculo “AÇORUTOPIA - Região Autónoma de Futuro”, incluído nos eventos associados às comemorações do Dia dos Açores, organizadas pelo Governo Regional e pela Assembleia Legislativa.

Foi um espetáculo de música e multimédia para celebração do sonho que comandou os destinos da autonomia açoriana até aos dias de hoje, exaltando a juventude e a modernidade dos Açores contemporâneos, voltados para o futuro, conscientes da sua história e das suas tradições, da sua cultura e criatividade.

O Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Francisco Coelho, estiveram presentes no evento.

Com produção da Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira e conceção de Rogério Sousa, o espetáculo contou com as atuações dos bANdARRA, October Flight, Emanuel Paquete, Puto EMS e Sonasfly e ainda da Orquestra Ligeira da Povoação. A performance de dança esteve a cargo de Maria João Gouveia e Sara Machado e o projeto multimédia foi de Ruben Verdadeiro.

Os apresentadores Dulce Teixeira e Tiago Ribeiro deram início ao espetáculo com uma evocação dos primeiros versos do Hino dos Açores escritos por Natália Correia “Deram frutos a fé e a firmeza no esplendor de um cântico novo”. Estava dado o tom para a comemoração de 36 anos de autonomia político-administrativa e para o Dia dos Açores criado em 1980.

José Medeiros, um dos homenageados no Dia da Região, trouxe a força e o sentimento do ser açoriano e marcou o espetáculo desde o inicio.

E porque este ano as celebrações decorrem na Povoação, o lugar de São Miguel que acolheu as primeiras expedições dos descobridores na década de 1430 e que sustentou a futura presença humana, a primeira atuação esteve a cargo da Orquestra da Povoação, com 16 elementos, orientada pelo maestro Paulo Rodrigo Leite.

Seguiu-se a celebração da juventude com projeções vídeo, que aliás pontuaram todo o espetáculo, e o “Espelhos”, um projeto da autoria do Puto EMS e da Sonasfly, ou seja, de Marcos Martins, da ilha Terceira e Sílvia Torres, de São Miguel. Músicas que aliam vários géneros, que vão desde o indie-rock e o acústico até ao hip-hop e proporcionam a quem ouve uma experiência completamente nova.

Tradição e experimentação foi o que trouxe a seguir Emanuel Paquete, um músico nascido em Ponta Delgada, que começou os seus estudos em Guitarra Clássica aos 18 anos no conservatório Regional dessa cidade. Tocou “Olhos Negros”, numa versão revisitada, e “Musa Elétrica – PT I”, “Musa Elétrica – PT II” e ainda  “Esperança – PT III”. Durante a atuação juntou-se, no palco, a dança de Maria João Gouveia e Sara Machado.

Logo depois, um grupo jovem, os October Flight, que já viu a sua música ser escolhida no concurso europeu “Vodafone Ones to Watch”, promovido pelo Myspace/Vodafone, onde foi vencedora e consecutivamente seleccionada como “Ones to Watch de Portugal”. Trouxeram os sons do disco recém lançado “The Closing Doors”.

O espetáculo encerrou em apoteose com a atuação dos bANdARRA, um grupo oriundo do Faial mas que se assumem como um “projeto ilhéu de música portuguesa com braços abertos na cabeça”. Depois de terem atuado no CCB, em Lisboa, no âmbito da primeira edição do Prémio Megafone, para o qual foram selecionados, trouxeram às comemorações do Dia dos Açores na Povoação mais sons do futuro para contar histórias das nossas gentes.


GaCS

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