sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Carlos César diz que o Governo Regional combate a desertificação melhorando a qualidade de vida nas zonas rurais



O combate à desertificação das zonas rurais mais afastadas dos principais centros urbanos é feito, também, com a criação de infra-estruturas que facilitem a vida das pessoas, valorizem as ligações afectivas nas famílias, promovam a coesão social e criem motivação para o crescimento e o progresso.

Esta foi a ideia que o Presidente do Governo do Açores explanou esta manhã, na vila das Capelas, no momento em que presidia à cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção da Creche e Serviço de Apoio ao Domicílio da Casa do Povo local.

Para Carlos César, “não basta, embora seja importante, construir acessos rodoviários, rápidos e seguros, como o temos feito, ou criado condições especiais de frequência e tarifário dos transportes públicos, para que as pessoas vivam bem e se fixem em áreas menos ocupadas.”

Como explicou, “se a isso acrescentarmos políticas públicas cujos resultados promovam as condições do acesso à educação, à saúde e à habitação, de forma integrada, mediante a criação de respostas sociais de proximidade, conseguiremos, sem dúvida, melhores resultados.”

Na sua opinião, essas facilidades ajudam muito a combater a desertificação das zonas rurais mais afastadas dos principais centros urbanos, “onde as crianças criam raízes e os idosos sentem uma segurança acrescida, gerando simultaneamente uma útil diversificação geográfica dos serviços e dos respectivos postos de trabalho.”

Por isso, adiantou, o Governo vem mantendo, pesem embora “os constrangimentos que são de todos conhecidos”, o investimento em equipamentos de apoio social como aquele que, simbolicamente, iniciava ali a sua construção.

Trata-se de uma creche com capacidade para cinquenta crianças e de um edifício destinado ao serviço de apoio ao domicílio com capacidade para setenta idosos, num investimento que rondará os 1,5 milhões de euros e que tem um prazo de execução de sensivelmente dezasseis meses

Mas, se muitas estruturas desse tipo, com carácter polivalente, favorecem uma articulação entre os serviços governamentais da segurança social, da habitação, do trabalho e da saúde – bem como com os serviços autárquicos e as organizações não governamentais, implicando milhares de dinamizadores e utentes por toda a Região – Carlos César insistiu na necessidade de “melhorar a proximidade e os resultados dos trabalhos das equipas do serviço público de acção social, aspecto em que continua a ser relevante uma atitude mais dinâmica, mais pró-activa e mais responsabilizadora na avaliação dos seus ganhos e dos seus insucessos.”

Para o governante, “a um técnico de acção social não basta canalizar uma pessoa carenciada para uma instituição de socorro; na maior parte das situações o problema assim não ficou resolvido e o seu tratamento só deve, nessas circunstâncias, ser considerado iniciado.”

Afirmando que há ainda um caminho a percorrer, chamou, por outro lado, a atenção para as vantagens da complementaridade, “pois, sendo os recursos limitados, é essencial que se compreenda que não é útil, nem o Governo estará disponível, para apoiar a duplicação desnecessária de equipamentos, como por vezes constatamos no caso de cozinhas e lavandarias industriais, e de outras facilidades, que não são utilizadas em rede como deviam.”

O Governo Regional apoia, através de acordos de cooperação de funcionamento, 133 centros de actividades de tempos livres, 57 creches e 56 jardins-de-infância – que dão resposta a cerca de onze mil crianças – e 32 lares, 12 centros de dia e 40 serviços de apoio ao domicilio que apoiam aproximadamente 4.200 idosos.

Estes equipamentos, que mobilizam três mil postos de trabalho e cuja dimensão foi realçada por Carlos César, pressupõem, como sublinhou, a união de “todos os esforços que soubermos empreender para dispensarmos mais qualidade com a melhor gestão possível dos meios.”



GaCS/CT

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