O Governo dos Açores vai resolver, ainda este ano, 10 casos de pré-fabricados, no âmbito do processo de reconstrução do sismo de 1998, no Faial, estando ainda a ultimar o processo relativo às permutas 60 habitações, cujas famílias já têm, no entanto, o seu problema habitacional resolvido. Destes 60 casos, 30 dizem respeito a processos mais morosos, necessitando ainda de alvará de loteamento.
O anúncio foi feito hoje pela Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Marques, após uma reunião com a Presidente do Conselho de Administração da SPRHI, SA para uma avaliação dos últimos casos de reconstrução dos sismo de 1998.
Ana Paula Marques explicou ainda que as 60 famílias não se encontram realojadas em pré-fabricados nem estão fragilizadas do ponto de vista habitacional, tratando-se, sim, de um problema administrativo.
Segundo acrescentou, o Governo encontra-se a desenvolver todo o processo administrativo necessário para registar e permutar definitivamente estas habitações.
De acordo com dados avançados pela Secretária Regional do trabalho e Solidariedade Social, no ano passado o Governo dos Açores desmantelou 68 pré-fabricados.
“É isto o que se passa e é isto que tem que ser dito aos faialenses para que não haja dúvidas e para que não paire sobre esta questão da reconstrução um “bicho-de-sete-cabeças”, sublinhou a governante regional, frisando ser “evidente que enquanto houver um caso por resolver constitui para nós um problema. Na realidade os casos mais graves são os das pessoas que viviam em pré-fabricados e que não tinham solução, estando a ser resolvidos ou a caminho de resolução”.
Na ocasião, Ana Paula Marques destacou, também, o forte empenho do Governo no âmbito da reconstrução do sismo de 98, tendo resolvido três mil casos de famílias sinistradas.
“Portanto, para que não haja sombra de dúvida sobre o trabalho que o Governo tem vindo a desenvolver e também para que não haja aqui equívocos, porque permanentemente nós temos sentido da parte do PSD uma guerrilha institucional ao Governo Regional relativamente ao sismo de 98, foram resolvidos três mil casos de famílias aqui, no Faial”, realçou a governante regional, considerando ainda que a maior parte dos casos foi um sucesso, tendo o executivo açoriano disponibilizado às famílias sinistradas recursos para a resolução dos seus problemas.
Para Ana Paula Marques, a actual situação do processo de reconstrução do sismo de 98, no Faial, “é um problema diminuto” face ao da reconstrução do sismo de 80 que assolou a ilha Terceira, onde ainda existem mais de duas centenas de famílias alojadas em situações precárias, criadas pelos governos do PSD-Açores, e que agora estão a ser resolvidas, referindo-se concretamente ao Bairro da Terra-Chã e ao Bairro Joaquim Alves.
GaCS/SM
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