“A vida familiar é a realidade em que crescem e são educadas as gerações mais novas da nossa sociedade e todos têm consciência de como é essencial a existência de um ambiente estável e positivo, onde quer os pais, quer os filhos encontrem um espaço próprio e sejam amados e reconhecidos.” A afirmação é de Paula Ramos, Presidente do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores (IDSA) e foi proferida, este sábado, no II Encontro das Famílias dos Grupos de Educação Parental. O evento, promovido pela Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social através do IDSA, reuniu, na Mata Dr. Fraga, em S. Miguel, os pais e crianças que integram nove grupos do projeto piloto de educação parental.
A parentalidade é uma das tarefas mais desafiantes da vida adulta e os pais constituem uma das influências mais cruciais das vidas dos filhos. Contudo, por vezes as famílias fazem face a dificuldades sociais e contrariedades que podem colocar em risco o trabalho dos pais nas suas funções de educação e proteção dos filhos. Para Paula Ramos, se se acredita que todas as famílias possuem competências que muitas vezes não são cuidadas ou ampliadas, “então é necessária uma intervenção familiar que se dedique a apoiar as famílias a construir, redescobrir e aumentar as suas competências, colocando-as ao serviço do bem estar dos seus elementos”.
O apoio parental visa exatamente contribuir para a preservação das funções familiares, reforçando os serviços de apoio à família, não substituindo os pais e as suas responsabilidades parentais. É objetivo último da educação parental, reforçou a Presidente do IDSA, “ajudar os pais a desenvolver o autoconhecimento e a autoconfiança e a aumentarem a qualidade da sua capacidade para apoiarem e ajudarem as suas crianças a desenvolverem-se”.
Para Paula Ramos, “a educação parental é uma das trajetórias da intervenção social com mais probabilidades de promover o bem estar de cada criança, jovem e família, dada a possibilidade de facultar às mães e pais respostas às dificuldades com que se deparam nas suas funções educativas, ou mesmo prevenir eventuais práticas potencialmente nefastas para o desenvolvimento das suas crianças, proporcionado a discussão, aprendizagem de formas alternativas de comunicar e educar, que não só promovam o desenvolvimento da criança mas que tragam aos próprios pais um sentimento de maior bem estar emocional”.
“Desejamos que as ferramentas e estratégias dadas às famílias que participaram nos grupos de educação parental tenham contribuído para o fortalecimento do desempenho positivo do vosso papel de pais e que continuem a ter um ambiente acolhedor, seguro, compreensivo, onde os vossos filhos se sintam sempre amados e respeitados”, concluiu Paula Ramos.
Implementado em 2011, projeto piloto de educação parental envolveu, até ao momento, 13 grupos de pais e crianças dos 2 aos 13 anos. Para 2012, já estão programados mais 12 grupos, a decorrer nos seis concelhos de S. Miguel.
GaCS







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