O Governo dos Açores antecipou o Governo da República na implementação de medidas de apoio social dirigidas às famílias “com maior fragilidade” em situação de emergência social.
A informação foi avançada hoje pela Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social após uma reunião com a Presidente do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores (IDSA) para fazer o balanço dos 60 dias deste novo instituto, em Angra do Heroísmo.
Ana Paula Marques disse mesmo que o executivo açoriano tem vindo a “implementar e a dirigir políticas destinadas aos sectores mais frágeis da sociedade”, reduzindo, nos últimos dez anos, de forma substancial, “o esforço das famílias no pagamento de creches, jardins-de-infância, lares de idosos e de apoio ao domicílio”, tendo sido, ainda, este ano reforçado “muito substancialmente” o apoio social às famílias mais fragilizadas.
Os apoios destinados ao incentivo ao arrendamento, a majoração dos spreads do crédito à habitação para desempregados, o aumento do Complemento Regional de Pensão e do Abono de Família, bem como outras medidas de discriminação positiva foram outras das iniciativas que, segundo a governante regional, contribuíram para a minimização dos efeitos da actual conjuntura na vida quotidiana das famílias.
Referindo-se ao balanço dos 60 dias desde a criação do novo IDSA, Ana Paula Marques afirmou estar “satisfeita” com os resultados obtidos.
“Penso que os resultados são muito positivos e julgo que estamos a dar os passos certos para a implementação de uma grande reforma, mas com uma resposta muito próxima dos cidadãos”, adiantou a Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social, acrescentando, ainda, que mensalmente irão decorrer reuniões entre a tutela e o Conselho Directivo do IDSA com vista a avaliar a sua implementação.
Ana Paula Marques aproveitou ainda a ocasião para reiterar que a reestruturação da Segurança Social nos Açores vai permitir uma “poupança significativa” já no próximo ano.
O novo modelo, que se apresenta como uma estrutura mais simples e mais próxima das famílias e das empresas, visa, entre outros, maximizar o aproveitamento de sinergias operacionais, a especialização técnica dos recursos humanos, a uniformização de procedimentos nos vários pontos de contacto com o cidadão, bem como maior eficiência, eficácia e poupança dos recursos existentes.
Paralelamente, Paula Ramos, Presidente do Conselho Directivo do IDSA destacou que o novo modelo orgânico daquele instituto vai permitir, entre outros aspectos, uma redução de cerca de 10% a nível dos contratos de arrendamento e uma rentabilização dos recursos humanos a nível do tratamento dos processos com a criação dos centros de competências.
De acordo com Paula Ramos está previsto arrancar em Setembro o serviço de “call center” para atendimento telefónico, que funcionará de forma simultânea com o balcão único de atendimento presencial.
GaCS/SM
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